O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) disse na noite de 5ª feira (15.ago.2024) que entrou na disputa por causa de um de seus adversários, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol).
“Eu entrei [na disputa] para falar: ´Boulos, nunca na sua vida você vai ser prefeito de São Paulo. Se esse é seu sonho, você vai mudar para outra cidade, de gente que acredita na sua ladainha, nas suas mentiras. Aí, você vira prefeito lá”, declarou em entrevista à Rede TV!. “Se tiver um xerife nessa cidade, que é o Pablo Marçal, você nunca pisa aqui”, acrescentou.
Pablo Marçal foi questionado sobre as decisões da Justiça Eleitoral para que ele exclua vídeos nos quais insinua, sem provas, que Boulos seria usuário de drogas. O candidato falou que vai cumprir o determinado e que está “dentro do prazo” estabelecido.
Ele reafirmou as acusações, disse ter provas e que vai mostrá-las “na hora certa”.
Marçal falou sobre as comparações com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao ser perguntado se vê como um “Bolsonaro 4.0”, ele afirmou ter respeito pelo ex-chefe do Executivo, mas que tem sua própria identidade. “Eu me considero o Marçal, me considero alguém que venceu na vida”, declarou.
Marçal tem conquistado apoio entre os eleitores de Bolsonaro e do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), segundo pesquisa Datafolha divulgada na 2ª feira (12.ago.2024). A dupla, porém, apoia a reeleição o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Conforme o levantamento, Marçal tem a preferência de 29% dos eleitores que votaram em Bolsonaro em 2022. Subiu 7 p.p. (pontos percentuais) ante a pesquisa anterior, de julho. Entre os que elegeram Tarcísio, Marçal tem 25% das intenções de voto, alta de 6 p.p. em relação à última pesquisa.
Já Nunes oscilou negativamente entre os que votaram no ex-presidente: 38% disseram preferir o prefeito, contra 42% no levantamento de julho. No sentido contrário, o percentual de eleitores do governador que apoiam o emedebista foi para 42%, ante 40% na outra rodada.
O Datafolha entrevistou presencialmente 1.092 eleitores de São Paulo, de 6 a 7 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pela Folha de S.Paulo e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº SP-03279/2024.