Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio, disse nesta 6ª feira (12.jul.2024) que, no Brasil, “nunca será fácil” uma pré-campanha da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele criticou a PF (Polícia Federal) pela deflagração da 4ª fase da operação que investiga a suposta “Abin paralela” no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ramagem, que foi delegado da PF e comandou a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo Bolsonaro, é investigado pela corporação por suspeitas de usar o órgão para espionar ilegalmente opositores políticos do ex-presidente.
“No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro”, declarou o deputado em seu perfil no X (ex-Twitter).
Segundo Ramagem, a PF “despreza os fins de uma investigação, apenas para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas”. Ele afirmou que a corporação divulgou uma lista de autoridades judiciais e legislativas para “criar alvoroço”.
Relatório da PF mostra que a “Abin paralela”, grupo suspeito de usar a estrutura da agência para espionar adversários políticos, monitorou ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o então deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e alguns jornalistas. Leia a lista aqui.
Ramagem ainda declarou que não houve interferência ou influência sua no processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Um áudio encontrado pela Polícia Federal durante as investigações aponta para uma tentativa do ex-chefe da Abin de investigar auditores da Receita Federal com objetivo de blindar Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”.