A Polícia Federal (PF) aponta que Marcelo Araújo Bormevet, policial federal preso na quinta-feira (11) sob suspeita de arapongagem, questionou um subordinado em dezembro de 2022 se o então presidente Jair Bolsonaro (PL) já havia assinado a minuta de decreto golpista para permanecer no poder.
Essa informação surge como parte de uma investigação mais ampla que apura o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro.
Segundo a PF, a agência teria sido utilizada para monitorar ilegalmente opositores políticos, jornalistas e até mesmo familiares do ex-presidente.
Conexão com outras investigações
Em uma troca de mensagens entre Bormevet e um subordinado militar, o policial federal teria perguntado: “O nosso presidente imbrochável já assinou o decreto?”, referindo-se à minuta golpista que, de acordo com as investigações, estava sendo elaborada por auxiliares próximos a Bolsonaro.
A PF indica que há uma conexão entre este caso e outras investigações em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), como o inquérito das fake news e o que apura a atuação de milícias digitais.
Por isso, a polícia solicitou o compartilhamento das provas obtidas nesta investigação da “Abin paralela” com os outros casos, pedido que foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Essa revelação deixa claro que havia conhecimento por parte de várias pessoas sobre a existência da minuta golpista, cujo objetivo seria manter Bolsonaro no poder. O documento previa a instauração de um estado de sítio no país, caracterizando um estado de exceção.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em PF: Print mostra policial questionando subordinado sobre decreto de Bolsonaro no site CNN Brasil.