A Polícia Federal (PF) afirma ter identificado um áudio que mostra um suposto plano de interferência em investigação entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem – agora deputado federal pelo PL – e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, em que eles, supostamente, discutem um plano para anular uma investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas”.
De acordo com as informações divulgadas, o conteúdo da gravação sugere que os envolvidos discutiam um plano para anular uma investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas” (desvio de dinheiro público).
Esta revelação faz parte da quarta fase da Operação Última Milha, que investiga o uso indevido da estrutura da Abin.
Repercussões e prisões
Senadores como Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e Omar Aziz (PSD-AM), que teriam sido alvo de espionagem ilegal, manifestaram-se publicamente.
Randolfe afirmou que “a violação dos direitos fundamentais à vida privada, à honra e ao sigilo pessoal remetem às páginas mais autoritárias e obscuras da história do Brasil e da humanidade”.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também se pronunciou, declarando que “contaminar a Agência Brasileira de Inteligência com ações político-partidárias e se utilizar do aparato estatal para espionar e perseguir parlamentares legitimamente eleitos é ato criminoso que fragiliza não somente a instituição, mas a democracia e soberania do país”.
Uso indevido da ABIN
As investigações da PF apontam que todo o aparato da Abin era utilizado pelo núcleo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em benefício próprio. O objetivo seria investigar rivais políticos e beneficiar aliados do então presidente.
A conclusão da PF é que a estrutura dessa agência de inteligência foi de fato usada para interesses particulares de Bolsonaro, comprometendo a integridade e a missão institucional da Abin.
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