Investigações da Polícia Federal dão conta que os sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram usados durante a gestão de Jair Bolsonaro para beneficiar seu filho mais novo, Jair Renan.
Segundo a corporação, o policial federal Marcelo Araújo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes, que atuavam na Abin à época, ficaram responsáveis por espionar Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan.
Allan Lucena virou desafeto após romper relações comerciais com o filho mais novo do ex-presidente.
Jair Renan é investigado por suposto tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Em fevereiro deste ano, foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Bormevet foi preso nesta quinta-feira (11) pela PF na operação que investiga o monitoramento de autoridades de forma ilegal e a produção de notícias falsas através de sistemas da Abin contra adversários políticos de Bolsonaro. Além dele, outras quatro pessoas foram detidas.
Uma outra troca de mensagens de setembro de 2020 obtida pela PF mostra que Bormevet e Giancarlo também teriam monitorado o empresário Luis Felipe Belmont, um dos citados no inquérito contra o filho de Bolsonaro.
Na conversa, Bormevet designou a Giancarlo para “achar podres” sobre o Belmonte. Em resposta, Giancarlo teria dito: “Vamos sequestrar isso sim. Ou achando podres vamos extorquir”.
A CNN procurou Jair Renan para comentar o caso, mas ainda não recebeu retorno.
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