PF intima general Heleno para depor sobre espionagem na Abin

O general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi convocado nesta 3ª feira (30.jan.2024) para depor na investigação que apura suposta espionagem ilegal realizada pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

À época, a agência era subordinada ao GSI. O depoimento, marcado para a próxima 3ª feira (6.fev) na sede da PF, em Brasília, investigará se Heleno tinha conhecimento das supostas ações ilegais de Alexandre Ramagem (PL-RJ).

O atual deputado federal e ex-diretor da Abin é um dos alvos da operação da PF deflagrada na 5ª feira (25.jan) que investiga a gestão de Alexandre Ramagem –que chefiou o órgão de julho de 2019 a março de 2022– por suposta instrumentalização de ferramentas e serviços da Abin para monitorar autoridades públicas e alvos políticos de Jair Bolsonaro (PL).

Na 5ª feira (25.jan), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, despachou 21 mandados de busca em Brasília (18), Minas Gerais (2) e Rio de Janeiro (1).

No mesmo dia, agentes foram até o gabinete de Ramagem na Câmara e em outros endereços para cumprir a determinação.

Além do deputado, o vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, também foi alvo de buscas na 2ª feira (29.jan).

Segundo dados da PF, a agência de inteligência agiu para ajudar a família Bolsonaro em diferentes investigações. A Abin teria preparado relatórios para ajudar os advogados do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas”.

Teria, ainda, tentado produzir provas a favor de Renan Bolsonaro no inquérito sobre suposto tráfico de influência.

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