Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e seu pai, general Lourena Cid, disseram em depoimento à PF (Polícia Federal) desconhecer a negociação de uma nova joia, que, segundo investigadores, teria sido vendida por aliados do ex-presidente nos EUA.
A descoberta da peça foi feita durante diligências dos investigadores no país junto com o FBI (Departamento de Investigação Federal, em português), em abril de 2024. No entanto, o paradeiro do objeto não foi encontrado.
A possibilidade de que a joia tenha sido negociadas por outros aliados de Bolsonaro é avaliada pela PF. À corporação, Cid e seu pai não forneceram indicativos de quem possa ter vendido em território norte-americano.
Os depoimentos são feitos na operação Lucas 12:2, deflagrada pela corporação em agosto de 2023 para investigar a venda de presentes diplomáticos da Arábia Saudita nos Estados Unidos.
Em um café da manhã com jornalistas na 3ª feira (11.jun), o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, disse que a descoberta “robustece” a investigação.
“A nossa diligência localizou que, além das joias que já sabíamos que existiam, houve negociação de outra joia que não estava no foco dessa investigação”, declarou o delegado.
ENTENDA
Em 11 agosto de 2023, a PF divulgou um relatório que mostra um suposto esquema de venda de presentes oficiais recebidos por Bolsonaro. O ex-ajudante de ordens do então presidente da República, tenente-coronel Mauro Cid, teria realizado a negociação.
Em 4 de abril de 2023, o kit de joias completo foi entregue à Caixa Econômica Federal. Leia mais sobre os kits aqui.