O senador Omar Aziz (PSD-AM) discutiu com o seu colega de Casa, senador Sergio Moro (União-PR), durante a sessão desta 3ª feira (18.jun.2024) da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal. Ao rebater crítica ao governo Lula, Aziz disse que o Brasil enfrentou um “terremoto” na área de saúde e segurança pública, em referência ao governo de Jair Bolsonaro (PL).
Aziz culpou o ex-presidente pela falta de indústrias no país e pelo comando de postos de gasolina por grupos de narcotráfico. Relembrou ainda que Moro foi ministro da Justiça de Bolsonaro. “Se hoje o PCC [Primeiro Comando da Capital] comanda os postos de gasolina é, porque, há muito tempo, não se faz o combate ao narcotráfico e vossa excelência, como ministro da Justiça, teve oportunidade de fazer e não o fez”, disse o senador.
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Aziz acrescentou que a quantidade de ministérios do governo Lula não afeta a economia do Brasil. “O que quebrou o país foram outras coisas, foi a má gestão. E, quando você tem um terremoto em um lugar, você passa 40, 50 anos para construir uma casa ou uma indústria, e um terremoto, em 30 segundos, destrói tudo. O que houve no país foi um terremoto na área de saúde, na área de segurança pública, na área de políticas sociais, na área de habitação, na área de geração de emprego”, declarou.
A discussão começou quando Moro passou a criticar a política econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ataques do petista ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
“A gente está vendo aí o fracasso da política econômica. Por quê? Porque não controla gastos. São 39 ministérios. Está fazendo tudo o que fez errado no passado de novo […] Estamos retrocedendo não só na política econômica, mas na moral pública”, declarou Moro na sessão.
O ex-juiz disse ainda que Lula critica Campos Neto para tentar “disfarçar a incompetência” da gestão econômica do governo.
Depois de Aziz criticar Moro, o ex-juiz disse que não aceitaria ataques pessoais. Nesse momento, os 2 começaram a gritar um com o outro, até que foram interrompidos pelo presidente da comissão, o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO).