A CGU (Controladoria Geral da União) afirmou, em nota nesta 3ª feira (30.jan.2024), que estudos como o IPC (Índice de Percepção da Corrupção) de 2023, divulgado na mesma data pela Transparência Internacional, “devem ser vistos com cautela”. Eis a íntegra do comunicado (PDF – 601 kB).
Conforme a organização internacional, o Brasil perdeu 2 pontos no IPC de 2023 e caiu 10 posições no ranking global. Agora, registra 36 pontos e está na 104ª posição entre os 180 países listados.
O IPC avalia a percepção de especialistas e empresários sobre a integridade do setor público em 180 países. São atribuídas notas em uma escala de 0 a 100. Quanto maior a nota, melhor é a percepção de integridade.
A Transparência Internacional considera que o combate à corrupção é construído em 3 pilares: o judicial, o político e o social. Em relatório sobre a situação no Brasil, atribuiu a piora da percepção de corrupção ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado pela organização de tentar neutralizar os pilares de combate à corrupção.
O levantamento destacou a atuação da CGU de forma positiva. Citou a retirada do sigilo de documentos da gestão Bolsonaro e a criação de regras para prevenir violações da LAI (Lei de Acesso à Informação).
O órgão, no entanto, destacou na nota que índices baseados em percepção possuem “limitações metodológicas” e, por isso, “seus resultados devem ser vistos com cautela”. E completou: “A corrupção é um fenômeno complexo e nenhum indicador consegue medir todos os seus aspectos”.
