A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, disse não se arrepender de ter votado a favor da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Reforma da Previdência em 2018. À época, a congressista era do PDT (Partido Democrático Trabalhista) e foi contra o seu partido.
Em entrevista ao Poder360, a deputada disse que seu posicionamento não mudou e que isso sinaliza coerência da sua parte, mesmo quando não era “popular” ou “fácil”.
“Acredito que nesse mundo de tanta mentira e tanta enganação, as pessoas respeitam quem é coerente”, afirmou
A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo também disse que o PDT defendeu alterar como eram pagas as aposentadorias durante a campanha de Ciro Gomes em 2018. O então presidenciável foi um dos maiores críticos de Amaral dentro da legenda.
Em 2019, Tabata ficou 90 dias suspensa das suas atividades partidárias por votar a favor da reforma. No mesmo ano, ela entrou com um pedido de desfiliação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que foi aprovado em 2021.
“Não é à toa que o Lula [PT] fez uma Reforma da Previdência, que a Dilma [PT] tentou fazer e na hora que ministros tentaram revogar a reforma da previdência, o presidente falou: ‘Não. Os números não permitem’”, disse.
A última versão da legislação sobre o RGPS (Regime Geral da Previdência Social) foi promulgada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019.
Em 2024, as contas envolvendo a Seguridade Social devem apresentar um rombo de R$ 326,2 bilhões, segundo as projeções do Balanço Geral da União de 2023. Se nada for feito, em 2100 a necessidade de financiamento pode atingir R$ 25,5 trilhões.
Assista à íntegra da entrevista (32min45s):