A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) disse que sua fé foi alvo de “chacota” do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino na operação Lucas 12:2, da PF (Polícia Federal). A mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a escolha do nome teria sido feita pelo ex-ministro da Justiça para zombar de sua crença. A ação da Polícia Federal investigou o caso da venda de joias por aliados do governo de seu marido. A nomeação não passa pelo chefe do ministério.
“Muito cuidado com os versículos que vocês trazem. Assim como Dino homenageou a operação das joias com Lucas 12:2, querendo fazer chacota com a minha fé, tudo que está oculto será desvendado“, disse Michelle. A declaração foi dada em encontro do PL Mulher em Alagoas.
O versículo escolhido para dar nome à operação do caso das joias diz: “mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido”. Ele remete a outro trecho bíblico usado com frequência por Bolsonaro, o João 8:32, que diz: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. O nome da operação, no entanto, costuma ser escolhido pelos agentes da corporação e não tem interferência da Justiça.
Durante a declaração, Michelle também falou sobre o caso do reaparecimento de móveis do Palácio do Alvorada. No início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama Janja Lula da Silva disse que Michelle Bolsonaro teria levado alguns móveis da residência.
“Não adianta vir com mentiras. Falar que nós levamos 261 móveis. Não acharam porque não estava perdido. Eu sempre falei que os móveis estavam no depósito numero 5. Eu tenho todos os arquivos, todos os registros. Existe um servidor com seu CPF, o Setor de Patrimônio não é assim você tira um móvel e fica por isso mesmo”, falou Michelle.
